algures
dançamos
a ensurdecedora
zumba
uma música
um desejo
diabólico
após
um dia a dia
de loucos
dancemos
não há lugar
para o sossego
nem pensar
corpos
em forma
na vertigem
do ritmo
dancemos pois
até à exaustão
estejamos
físicamente
preparados
para vencer
a dança
da morte
vamos
entrar
pela melancolia
adentro
a dançar
a dançar
vamos
viajar
neste baile
da vida
sem sair
deste lugar
voar
é sentir
a contradança
do teu corpo
suado contra
o meu
dançou!
nessa acobracia
entre a vida
e a morte
em que a palavra
não se contradiz
Lisboa, 5 de Fevereiro de 2015
Carlos Vieira
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