Nestas manhãs
de frio
sinto o arfar
subtil
da tua respiração
uma doce
conspiração
que desfaz
a neve
ao acordar
por ti
deixo de estar
cego
devagar
ergues o pano
de neblina
e levo-te
pela minha mão
para que quebres
o gelo
com a pureza
das palavras
que à boca de cena
do mundo
proferes.
Lisboa, 5 de Janeiro de 2014
Carlos Vieira
Foto do holandês Paul Schneggenburger
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