O gume da lâmina de sol e sal breve
sulcando um suave vislumbre
o ardil do olhar antes do teu rosto
enunciado pelo rumor da penumbra
o perfume nos seus ombros de coral
no rastilho subtil de um murmúrio
que se soergue a partir do eloquente
guinar das tuas coxas vibrantes
ávidas de silêncio e de luz submersa
de unhas que vão rasgando na pele
o frémito e demência doutros rumos
no gume da quilha indomável o desejo
separando a carne unindo os mundos.
Lisboa, 14 de Julho de 2013
Carlos Vieira
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