Sem lugar
Lugaresa que parecesempre pertencemospaisagens em delírioque colhem
dentro de nós a raiz
de uma súbita ribeira
na sua margem
sentados a comer figos
a molhar os pés
depois regressamos
descalços pelo asfalto
a uma cidade
que esquecemos
e reconstruímos
a partir
da explicação dos pássaros
à sombra
do exílio
de um salgueiro.
Lisboa, 9 de Julho de 2013
Carlos Vieira
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