O teu rosto é um astro
que adormece no meu colo,
as minhas mãos
nuvens pousadas no poema
bússola de luz
que te olha de frente,
não ouço nada, nem ninguém,
só no silêncio te reconheço
e só desse quase nada
posso sobreviver,
as minhas mãos
são eternamente asas
do desejo de te reencontrar
e na fluorescência
desta poeira cósmica
irei decifrar
as nossas primeiras palavras
de volta à órbita
Lisboa, 30 de Dezembro de 2012
Carlos Vieira
“Astral Travelling” by Petrovsky+Ramone