terça-feira, 17 de novembro de 2015

mártir ocasional


flecha
flor de metal
a germinar no dorso
ave de um único voo horizontal
desferida pelo arco tenso de um poema
ritual de anjo caído que em esforço
paciente se esvai em borbotões
pelo chão dispersas pétalas
de sangue inocente
Lisboa, 9 de Novembro de 2015
Carlos Vieira

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