Aqui vou eu, marinheiro de água doce com o motor fora de borda, pela ria fora, fintando pequenas ilhas e contornando os baixios, lobrigando as bóias e apalpando estrelas no acerto dos canais e da tábua das marés.
Depois, depois é o mar sem fim, sou o mesmo eu, dando-me ares de lobo do mar, o eu que é filho da terra firme e inexpugnável. Que teve sempre este navio da viagem das palavras a lavrar dentro de mim.
Lisboa, 30 de Dezembro de 2013
Carlos Vieira
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