Tarda
uma inquietação
ao longe
vibra
na corda ténue
do estendal
ao longo
do tempo
um desvario
solta-se
o botão
um gomo de luz
tange
e acaricio
o busto
da memória
suspensa
nos teus ombros
e aquela blusa
era o desfraldado
estandarte
o teu corpo
de vento
esquecido
violino.
Lisboa, 31 de Outubro de 2013
Carlos Vieira
Imagem de Alessandro Gottardo “Estendal de Música”
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