Um poema
de palavras
desalmadas
de gritos
a apunhalar
a noite
peixes afiados
de resistir
aos pântanos
à merda
ao raio
de tudo mais
que nos pode
acontecer
na puta da vida.
de palavras
desalmadas
de gritos
a apunhalar
a noite
peixes afiados
de resistir
aos pântanos
à merda
ao raio
de tudo mais
que nos pode
acontecer
na puta da vida.
Lisboa, 11 de Janeiro de 2016
Carlos Vieira
Carlos Vieira
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