domingo, 28 de fevereiro de 2016

Desterrado, digo refugiado no Reino da Dinamarca


Senta-se
no Outono
no barco banco 
de verde tábua
cai a folha de ouro
que agora flutua
no seu olhar
de estátua
de azul
embargado
peixe de aquário
fora de água
refém do abismo
em julgamento
sumário
foi condenado
por perjúrio
e desmascarado
pelo verdete
das sereias.
Lisboa, 26 de Janeiro de 2016
Carlos Vieira

O Desterrado, Soares dos Reis

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