domingo, 28 de fevereiro de 2016

O brilho do asfalto molhado...

O brilho do asfalto molhado
os lençóis de água
as nuvens baixas
a luz tépida
a nudez
nunca obscura
a vertigem felina
o vórtice do desejo
as lâminas faiscantes
um sorriso
que desarma
a criança a brincar
mãos sobrevoam o dorso dos afectos
a chave a dialogar na fechadura
condescendente o teu sempre hábil olhar
que acolhe na solidão e timidez
da penumbra o perdão
e a sabedoria
do coração.
Lisboa, 19 de Janeiro de 2016
Carlos Vieira

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