sábado, 2 de abril de 2016

Na praia da Nazaré ninguém pode ficar de pé


Salpicos de espuma
na contenção
do seu rosto
o rumor de sal e iodo
deflagram
um fulgor de ignição
no desgosto
e na sétima vaga
na zona de rebentação
talvez lhe traga
mais que da alegria
breve o fruto
da aceitação
ou se conjugue
o amor
em turbilhão
e talvez o mar
dela se condoa
e a leve a ela
e ao luto
e à impossível
solidão.
Lisboa, 2 de Abril de 2016
Carlos Vieira

Pintura de Edward Munch

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