Viver acossado, em quotidiana guerra civil, sem saber para onde fugir ou optando por um sinistro desconhecido, sem casa, sem escola, sem saúde, é algo estranho, exótico, para este nosso mundo, não nos diz respeito, faz parte de outra humanidade!
Nós somente vivemos acossados pelo último grito da moda, pelo peso e pelas dietas, por consumo, pela cilindrada, por prestações, pelo elevador social, pela difícil escolha do destino de férias, pelas escapadelas,pela insegurança, pelas intempéries, vivemos a vida que outros nos vendem e estoiramos o cabedal, tal é conforme a nossa humanidade!
Que raio de bichos somos nós e qual deles nos mordeu?
Que estranho estão a bater-me á porta. Qual dos representantes da humanidades um dia nos pode bater á porta, sim porque nós não temos nada a haver com esses mundos.
Lisboa, 3 de Abril de 2016