terça-feira, 17 de janeiro de 2012
segunda-feira, 16 de janeiro de 2012
Logaritmos
Sempre este secreto desejo do reencontro
na esquina um lugar
onde te reconheço
Esta insatisfação na altitude de um beijo
aritmética invulgar
quando amanheces
Inventas o caminho íngreme que me contas
vences um socalco
e esconde-se a raposa
Depois a luz que o ângulo do teu rosto revela
é só o fragmento do olhar
na clausura da tela
Por entre as copas das árvores espreita-me
o céu ou espreito-te eu
a ave que voa nada teme
O gesto parte contorna-te os lábios
fala por si
e tanto havia para te dizer
Não sei se é teu o vulto que avisto
fraca é a vista
só de tocar-te fico cego
O belo alabastro dos teus ombros tão exacto
do perfume que inebria
e da confluência de afagos
Banhado pela fome ou luz triste que o despe
resiste o mistério do teu corpo
fogo eterno que me consome
Lisboa 15 de Janeiro de 2012
Carlos Vieira
“Naked Woman before Stove” por Felix Vallotton
domingo, 15 de janeiro de 2012
A distância do teu olhar
Olho para ti
Na penumbra
do teu olhar sereno
não sei que vislumbra.
Sei que dentro de mim,
arde de novo
o que não tem razão,
a carne viva das ideias,
num fogo brando
de palavras e gestos
contra toda a Inquisição.
Breve momento
em que invento
a voz e a coragem
à sombra sem fim
da tua imagem,
meu abrigo manso
de olhar o mundo.
Lisboa, 7 de Dezembro de 2010
Carlos Vieira
Na penumbra
do teu olhar sereno
não sei que vislumbra.
Sei que dentro de mim,
arde de novo
o que não tem razão,
a carne viva das ideias,
num fogo brando
de palavras e gestos
contra toda a Inquisição.
Breve momento
em que invento
a voz e a coragem
à sombra sem fim
da tua imagem,
meu abrigo manso
de olhar o mundo.
Lisboa, 7 de Dezembro de 2010
Carlos Vieira
sábado, 14 de janeiro de 2012
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