sexta-feira, 12 de junho de 2015

Sem golpe de asa


Sempre os pássaros
a tecerem
entre o verde das árvores
e o azul do céu
imperceptível
rendilhado
de puro voo e canto
esquissos
do regresso à solidão
preenchida
de efémeros reflexos
testemunhos
eloquentes
que deslumbram
a sombra furtiva
de quem se aquieta
na réstia
de um pensamento
que se apaga
sem golpe de asa.
Lisboa, 11 de Junho de 2015
Carlos Vieira


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