Ave que pousa no meu sexo que agora vai cego guiado pela tua mão voltar a ver tateando a curva nocturna dos teus ombros o milagre que é a visão celestial do teu corpo estrelado.
Lembras-te havia a grande macieira de maças camoesas entre as nossa casas naquela penumbra perfumada descobrir um ninho era mais que o sonho do qual desperto agora repentinamente oiço outra vez a estridente roldana com que içavamos o balde de zinco os rostos afogueados da brincadeira refletidos na água fresca que matava a sede e a mágoa de uma vida inteira.