quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Praia


Os meus sentimentos

"deviam guardá-los, ainda lhe podiam fazer falta, e a mim não me serviam de nada, devia tê-lo aconselhado a guardar os sentimentos, nunca sabemos quando precisamos dos sentimentos, da latinha de fermento que está há anos na despensa, da camisola de lã que não é vestida há mais de cinco Invernos, nunca se sabe quando precisamos de coisas mesmo se nunca as utilizamos, não fosse essa incerteza e punha um anúncio no jornal, vendem-se sentimentos, estado impecável, como novos, oportunidade única, motivo mudança de vida, bom preço."


Dulce Maria Cardoso

Viagens VIII



Fui por um atalho,
perdi-me algures,
quando me saíste  a caminho.

Lisboa, 8 de Janeiro de 2014

Carlos Vieira

Viagens VII



Já viajou para lugares mágicos e longínquos,
sua alma impaciente, para lá de Júlio Verne,
a aguardar a carrinha da Gulbenkian.

Lisboa, 8 de Janeiro de 2014

Carlos Vieira

Viagem VI



Chove torrencialmente,
não se vê nada à sua frente, olha para trás,
descobre o espírito do lugar.

Lisboa, 8 de Janeiro de 2014

Carlos Vieira

Viagens V



Na verdade, no viajante,
dentro de si, não existem
nem passaporte, nem fonteiras.

Lisboa, 8 de Janeiro de 2014

Carlos Vieira

Viajar IV



O rio corre tranquilo
de súbito as cataratas, por momentos,
a melodia interrompida.

Lisboa, 8 de Janeiro de 2014

Carlos Vieira