Um dia o céu
veio pelo molhe até aos meus pés
e verde era o teu cabelo
como então ali
à noite o mar.
Uma vez era uma vez
a história
construía-se na areia
para sempre
com levíssimos
pés de mármore.
Cruzeiro Seixas
segunda-feira, 6 de janeiro de 2014
Poesia:
“words set to music” (Dante
via Pound), “uma viagem ao
desconhecido” (Maiakóvski), “cernes
e medulas” (Ezra Pound), “a fala do
infalável” (Goethe), “linguagem
voltada para a sua própria
materialidade” (Jakobson),
“permanente hesitação entre som e
sentido” (Paul Valery), “fundação do
ser mediante a palavra” (Heidegger),
“a religião original da humanidade”
(Novalis), “as melhores palavras na
melhor ordem” (Coleridge), “emoção
relembrada na tranquilidade”
(Wordsworth), “ciência e paixão”
(Alfred de Vigny), “se faz com
palavras, não com ideias” (Mallarmé),
“música que se faz com ideias”
(Ricardo Reis/Fernando Pessoa), “um
fingimento deveras” (Fernando
Pessoa), “criticismo of life” (Mathew
Arnold), “palavra-coisa” (Sartre),
“linguagem em estado de pureza
selvagem” (Octavio Paz), “poetry is to
inspire” (Bob Dylan), “design de
linguagem” (Décio Pignatari), “lo
impossible hecho possible” (Garcia
Lorca), “aquilo que se perde na
tradução (Robert Frost), “a liberdade
da minha linguagem” (Paulo Leminski)…
via Pound), “uma viagem ao
desconhecido” (Maiakóvski), “cernes
e medulas” (Ezra Pound), “a fala do
infalável” (Goethe), “linguagem
voltada para a sua própria
materialidade” (Jakobson),
“permanente hesitação entre som e
sentido” (Paul Valery), “fundação do
ser mediante a palavra” (Heidegger),
“a religião original da humanidade”
(Novalis), “as melhores palavras na
melhor ordem” (Coleridge), “emoção
relembrada na tranquilidade”
(Wordsworth), “ciência e paixão”
(Alfred de Vigny), “se faz com
palavras, não com ideias” (Mallarmé),
“música que se faz com ideias”
(Ricardo Reis/Fernando Pessoa), “um
fingimento deveras” (Fernando
Pessoa), “criticismo of life” (Mathew
Arnold), “palavra-coisa” (Sartre),
“linguagem em estado de pureza
selvagem” (Octavio Paz), “poetry is to
inspire” (Bob Dylan), “design de
linguagem” (Décio Pignatari), “lo
impossible hecho possible” (Garcia
Lorca), “aquilo que se perde na
tradução (Robert Frost), “a liberdade
da minha linguagem” (Paulo Leminski)…
Paulo Leminski
Silêncio
Estás tão ausente.
- Também tu estás ausente.
- Diz-me porquê.
- Diz-me também tu porquê.
- Isso entristece-me tanto.
- E como pensas que me sinto.
- O mesmo te pergunto eu.
- És tu que me tornas ausente.
- Mas eu estou aqui.
- Eu também, deixa lá!
(Silêncio).
Per Aage Brandt, Livro da Noite
- Também tu estás ausente.
- Diz-me porquê.
- Diz-me também tu porquê.
- Isso entristece-me tanto.
- E como pensas que me sinto.
- O mesmo te pergunto eu.
- És tu que me tornas ausente.
- Mas eu estou aqui.
- Eu também, deixa lá!
(Silêncio).
Per Aage Brandt, Livro da Noite
1:26
And I can’t concentrate on anything except
how green your face looks, illuminated
by the light from the dashboard numbers, and how
lonely the talk radio always sounds at such an hour.
And I know right now that we’re
not going to make it—how unpainful a process
it will be to retrieve my things from your house,
to give back the ring and some socks you’ve left.
Brett Elizabeth Jenkins
domingo, 5 de janeiro de 2014
Histórias com os meus botões X
Fixo o olhar no botão de madrepérola,
junto ao decote, sei de uns altivos, forrados de seda,
outros "des(em)pregados, sem condição.
Lisboa, 5 de Janeiro de 2014
Carlos Vieira
Histórias com os meus botões VIX
De metal precioso
com brasão foram-se os botões
ficaram os corpos seminus.
Lisboa, 5 de Janeiro de 2014
Carlos Vieira
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