sábado, 21 de dezembro de 2013

Ave haiku XI



Dentro da minha casa longe do mar
fechei as tempestades
agora já ouço as gaivotas e posso adormecer.

Lisboa, 21 de Dezembro de 2013
Carlos Vieira


Ave haiku X



Agora o pisco vive na árvore caída
Incrédulo de agora ser
sempre Inverno na sua vida.

Lisboa, 21 de Dezembro de 2013
Carlos Vieira

Ave haiku VIX




Na chaminé pousa um pardal de telhado

ousa três cambalhotas no ar

depois entre as flores da cerejeira repousa.


Lisboa, 20 de Dezembro de 2013
Carlos Vieira

Ave haiku VIII



Um homem de meia idade sobre a ponte
Segue o pato que anda às voltas no lago
Este mergulha e aquele também.

Lisboa, 20 de Dezembro de 2013


Carlos Vieira

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Ave haiku VII



O guarda-rios vai da margem para a margem
Do salgueiro para o canavial
No espelho de água foi fugaz esplendor.

Lisboa, 20 de Dezembro de 2013


Carlos Vieira

Ave haiku VI



Uma garça branca na salina
Dorme a sono solto com um pé no ar
Onde está na salina a garça branca?

Lisboa, 20 de Dezembro de 2013


Carlos Vieira

Ave haiku V



Uma cegonha por cima da grande planície
em equilíbrio sobre o poste de telefone
atenta a uma chamada de longa distância.

Lisboa, 20 de Dezembro de 2013
Carlos Vieira