Articulando
sílaba a sílaba
a esplanada
os destroços
de um veleiro
onde um
pardal
ia debicar
migalhas
de uma viagem
interrompida,
por detrás
do livro
de asas
abertas,
devorado pelo
esquecimento
esconde-se um
rosto
onde se
adivinhavam nuvens
e páginas
prenhes de
uma nova tempestade,
o cachorro
alçava a
perna
e mijava as
cadeiras
assinalando
a posterioridade
Lisboa, 27 de
Janeiro de 2013
Carlos Vieira