Seguir pelo lusco-fusco
da História
resvés a tempestade
que açoita
o silêncio da memória
mais um revés
na já trémula verdade
do golpe de florete
bruxuleante
a luz se apaga transitória
e a vida num instante
torna a morte rogatória
espírito errante
no seu sossego contraditória
de gente
anónima se faz a História
próxima
próxima
a que se fez distante.
Lisboa, 30 de Abril de 2012
Carlos Vieira