sábado, 7 de janeiro de 2012
sexta-feira, 6 de janeiro de 2012
Os melros...
os melros
pontos de exclamação
entre os vagos e sôfregos arbustos
que serpenteiam uma inóspita solidão
sendo pretos como breu são sustos de luz
gestos que se apagam e acendem na penumbra
melodia interrompida de água fresca e generosas
mãos que atravessam as trevas do desejo e ousadia
de flor onde o vento enlouquece e se tornou impreciso
reflexo do pensamento na brusca aparição de um poema
impiedoso desespero dos caminhos e dos jardins interiores
onde somos de novo as crianças no conhecimento dos espinhos
e somos frémitos ou gritos quase palavras que incendeiam toda a Terra
nos teus lábio sequiosos e ousamos o abismo e a acutilância das nossas línguas
faiscando como lâminas na reconquista do inacreditável território dos pássaros
pontos de exclamação
entre os vagos e sôfregos arbustos
que serpenteiam uma inóspita solidão
sendo pretos como breu são sustos de luz
gestos que se apagam e acendem na penumbra
melodia interrompida de água fresca e generosas
mãos que atravessam as trevas do desejo e ousadia
de flor onde o vento enlouquece e se tornou impreciso
reflexo do pensamento na brusca aparição de um poema
impiedoso desespero dos caminhos e dos jardins interiores
onde somos de novo as crianças no conhecimento dos espinhos
e somos frémitos ou gritos quase palavras que incendeiam toda a Terra
nos teus lábio sequiosos e ousamos o abismo e a acutilância das nossas línguas
faiscando como lâminas na reconquista do inacreditável território dos pássaros
Lisboa, 5 de Janeiro de 2012
Carlos Vieira
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