sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Extinguiu-se aquela luz efémera...


extinguiu-se aquela luz efémera

já não sei se o fruto amadurece

nem do reflexo do peixe a meia água

perdeu-se a limpidez do canto das aves

na rua a brisa é agora a lâmina que nos cega

é o poeta que cedo nos deixa nos arrepios da nudez

e que criou um rio a partir da lágrima que caindo teimosa

nos revelou a curta distância entre o princípio e o fim do mundo

 

Lisboa, 19 de Outubro de 2012

Carlos Vieira

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