sábado, 19 de julho de 2014

Poema guindaste

 

Ponho o gancho
do guincho
no cume 
e rodo a manivela
ergo o bote
agora grande ave
no horizonte
onde a baleia
acena
a grande barbatana
que salpica
a vista do Pico
ali fico encalhado
em ti
sem vento
no meio do canal
a ensaiar
este guindaste
de palavras
de mudar
o que deve mudar
no mundo.

Lisboa, 19 de Julho de 2014


Carlos Vieira

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